quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Residência pega Fogo em São Desidério




Residência localizada em frente à escola Olavo Oliveira foi incendiada nessa terça feira (27). O imóvel foi quase que totalmente destruído e contou com o apoio de populares para seu controle. As causas do incêndio são ainda desconhecidas.

Brasil tem desigualdade até na violência

Taxa de homicídios de negros cresce 5,6% em oito anos, enquanto a de brancos cai 24,8%; entre 2002 e 2010, morreram assassinados no País 272.422 negros, apontado estudo.

Enquanto a taxa de homicídios de brancos no país caiu 24,8% de 2002 a 2010, a da população negra cresceu 5,6% no mesmo período. Em 2002, morriam assassinados, proporcionalmente, 65,4% mais negros do que brancos. Oito anos depois, foram vítimas de homicídio no Brasil 132,3% mais negros do que brancos.

Os dados fazem parte do Mapa da Violência 2012: A Cor dos Homicídios no Brasil, divulgado nesta quinta-feira 29, em Brasília, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir).

De acordo com o estudo, morreram assassinados no país 272.422 negros entre 2002 e 2010, com uma média anual de 30.269 mortes. Somente em 2010, foram 34.983 registros. Para fazer o levantamento, foram considerados os dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde. (com Agência Brasil)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Luís Eduardo: Prefeito Humberto assina escritura da área doada para OAB


Na tarde desta quarta-feira, 28/11, foi assinada pelo prefeito Humberto Santa Cruz, pela atual presidente da OAB/LEM, Valdete Stresser, e pelo tabelião Jaider Santos a escritura da área doada para a construção da sede da OAB em Luís Eduardo Magalhães. O ato aconteceu no gabinete do prefeito e contou com a presença do presidente eleito para a diretoria da ordem, Carlos César Cabrini, demais integrantes eleitos e os servidores da Procuradoria do município.

A área de 1.000 m2 foi doada à OAB pelo município sob a lei de número 499/2011, de 27 de abril de 2011. Ela está localizada na Quadra GSW 1, na Avenida Octogonal do Loteamento Jardim Imperial, com frente para a Rua de acesso Oeste (próximo à Avenida JK e a Câmara Municipal).

A ordem no município tem o prazo de três anos para iniciar a construção de sua sede a partir de hoje, data da lavratura da Escritura de Doação.

A atual presidente da OAB/LEM, Valdete Stresser, assinou a escritura em nome da Seccional Bahia por procuração outorgada pelo presidente, Saul Quadros Filho. “Agradeço esta parceria do município com a ordem de advogados em busca de uma sociedade mais justa”, destaca.

Segundo o presidente eleito para a diretoria da OAB/LEM, Carlos César Cabrini, em janeiro do próximo ano o projeto para a construção da sede deverá ser elaborado. “Essa vai ser uma prioridade nossa”, garante.

O prefeito Humberto Santa Cruz afirma que esta parceria com a ordem traz benefícios para a comunidade e deseja que a construção se inicie o quanto antes. “Quero participar da inauguração da sede ainda no meu mandato”, deseja o prefeito. (ASCOM - ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA PREFEITURA DE LUÍS EDUARDO)

Formosa: Prefeito eleito está em Brasília


O prefeito eleito de Formosa do Rio Preto, Jabes Júnior encontra-se na capital federal em busca de apoios para futuros projetos. Segundo informações postadas por apoiadores do futuro alcaide no portal de relacionamentos Facebook, Jabes Júnior tem como maior desejo, assinatura de convênio com o ministério da turismo para construção de um cais e uma área de turismo e lazer as marges do Rio Preto. (Da Redação)

Analfabetismo atinge 24,8% dos maiores de 60 anos, aponta IBGE

Apesar de os índices de analfabetismo caírem no país, os números ainda são altos na camada da população com mais de 60 anos, segundo a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2012, divulgada nesta quarta-feira (28) pelo IBGE. A faixa etária registra 24,8% de analfabetos, praticamente um quarto do total. O estudo avalia o intervalo entre 2001 e 2011. De acordo com os dados do estudo, a proporção de pessoas com 15 anos ou mais que não sabia ler nem escrever caiu de 12,1%, em 2001, para 8,6% em 2011. No ano passado, 8,8% dos homens nessa faixa etária eram analfabetos. Entre as pessoas de cor preta ou parda, 11,8% não sabiam ler nem escrever, enquanto na cor branca, o porcentual cai para menos da metade: 5,3%. Já a proporção de jovens estudantes (18 a 24 anos) que cursavam o nível superior cresceu de 27,0% para 51,3%, entre 2001-2011, sendo que, entre os estudantes pretos ou pardos nessa faixa etária, a proporção cresceu de 10,2% para 35,8%. De acordo com o IBGE, as desigualdades reduziram-se, na década 2001-2011, em razão da valorização do salário mínimo, do crescimento econômico e dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

Mensalão: Roberto Jefferson, julgado e beneficiado por delação

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) definiram hoje (28), sete anos e 14 dias de reclusão em regime semiaberto a pena do ex-deputado federal Roberto Jefferson, que recebeu aproximadamente R$ 4 milhões no esquema denominado mensalão.Jeferson foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Por ser o delator do esquema, o presidente licenciado do PTB foi beneficiado com uma redução de pena de um terço. Sem a diminuição, Jefferson poderia ser condenado a 10 anos e seis meses, em regime fechado.

BR 242 recebe fiscalização eletrônica


O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), está instalando em vários pontos da BR-242 entre os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, lombadas eletrônicas, com controlador de velocidade e radares. O trabalho começou na segunda-feira (19). Serão construídos radares com lombadas eletrônicas nas imediações da Casa de Shows Magno, próximo ao Atacadão; também logo após o trevo da estrada de Angical com a BR 242; no povoado conhecido como Km 30 em Barreiras e num trecho que fica localizado próximo a área urbana de Luís Eduardo Magalhães. Com estes radares, o DNIT espera reduzir o número de acidentes e até vítimas fatais, pois nestes trechos estratégicos, tem acontecido muitos acidentes de forma constante. (Da Redação)

Senadores “aceitam” pagar imposto devido

Foi divulgado pelo Senado, a lista de senadores que, após cinco anos de inadimplência, resolveram pagar do próprio bolso o imposto de renda incidente sobre os 14º e 15º salários percebidos “a título de ajuda de custo”. Com salário mensal de R$ 26,7 mil, 36 deles decidiram repassar ao contribuinte os custos do benefício, depois que projeto de resolução aprovado na semana passada ofereceu a opção. A matéria determina que a Casa custeie a dívida, definindo a possibilidade de contestação judicial que, na hipótese de decisão favorável, resultará em devolução dos valores aos cofres da instituição.

Luís Eduardo: Novas ciclovias recebem fiscalização


Na manhã desta quarta-feira, 28/11, uma ação conjunta de fiscalização entre a Guarda Municipal, os agentes municipais de trânsito e a Polícia Militar foi realizada nas ciclovias no centro de Luís Eduardo Magalhães. A ação começou pela rua Paraíba e terminou na rua Paraná.

As faixas para ciclistas foram implantadas nas ruas Paraíba e Paraná (até a São Francisco), do lado esquerdo da pista. A partir de agora os motoristas que não respeitaram a sinalização e estacionarem no local serão multados.

De acordo com o agente de trânsito, Jeová Francisco dos Santos, na ciclovia não devem ficar veículos, placas ou qualquer objeto que possam impedir a passagem dos ciclistas. “É grande o fluxo de bicicletas aqui no centro. Agora os agentes de trânsito irão fiscalizar, anotar a placa e o horário do veículo estacionado no local proibido e encaminhar para a PM multar”, afirma.

A ação educativa de advertência que aconteceu nesta manhã impactou os moradores e comerciantes do centro. “A ciclovia é muito bem-vinda porque ela vai evitar acidentes”, comemora o empresário Luís da Cruz. (ASCOM - ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA PREFEITURA DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES)

Decisão da Justiça faz revira volta na política de Riachão das Neves


O cenário político em Riachão das Neves, no Oeste da Bahia, sofreu uma grande reviravolta nesta sexta-feira, 23, quando a Juiza eleitoral do município Marlise Freire Alvarenga, reconheceu como legítimo o pedido de impugnação e indeferimento do registro de candidatura do advogado Hamilton Santana de Lima (PDT/PMDB/PTC), formulado pelos advogados do candidato a prefeito Miguel Crisóstomo (PSC).

Os autos recebidos da juíza eleitoral foram publicados no site do Tribunal Superior Eleitoral. Com essa decisão, o segundo colocado nas eleições municipais em 07 de outubro de 2012, Miguel Crisóstomo, da coligação ‘Juntos, por um Riachão justo e mais humano’, assumirá o cargo de prefeito.

De acordo com um dos seus advogados, qualquer recurso que Hamilton vier a interpor contra essa decisão, tem efeito meramente devolutivo, ou seja, não suspende a determinação da juíza, deste modo, o candidato do PSC, que teve 24,53% da preferência eleitoral, com 3.327 dos votos, será diplomado e tomará posse no dia 1º de janeiro.

Com o resultado, muitas pessoas estão em festa na cidade, os eleitores e simpatizantes da candidatura de Miguel que aguardavam ansiosos pelo resultado, saíram em passeata pelas ruas comemorando a decisão judicial.

Entenda o caso do Impasse judicial nas eleições de Riachão das Neves

A artimanha de trocar de candidatos de última hora nas eleições parece que no município de Riachão das Neves não deu certo. A Juíza Eleitoral, Marlise Freire Alvarenga, da Comarca de Riachão das Neves, sentenciou procedente a impugnação e indeferimento do registro de candidatura do Sr. Hamilton Santana de Lima.

O fato foi que faltando poucas horas para as eleições, o ex-prefeito Antônio Américo (PDT), 84 anos, no dia (05), renunciou a sua candidatura a prefeito no município e colocou o seu filho Hamilton no seu lugar, sendo o mesmo eleito. Tanto o candidato a prefeito como o vice são filhos do renunciante da Coligação “Riachão nas Mãos de Quem Trabalha”, composta pelos partidos PDT, PMDB e PTC.

A manobra astuciosa, nunca antes conhecida na região, foi inusitada porque com tal procedimento é premeditado para não haver mais tempo hábil para inserir nas urnas eletrônicas o nome e foto do novo candidato, os eleitores farão a opção de voto num nome, mas votarão noutro.

Somente no estado de São Paulo, há seis outros casos semelhantes que deverão ter o mesmo destino.

Professores estaduais aceitam calendário único para 2013

Os professores da rede pública de ensino da Bahia aceitaram a proposta do governo do estado de um calendário único para o ano letivo de 2013. De acordo com Rui Oliveira, diretor do sindicato da categoria (APLB), a decisão foi tomada pelos educadores na noite de segunda-feira (26), em reunião na Secretaria da Educação do Estado (SEC). “O ano letivo de 2013 começará no dia 1° de abril. As atividades de 2012 serão encerradas no final de fevereiro”, afirmou Oliveira. Para formalizar a aceitação da proposta do governo por parte dos educadores, é necessário que o sindicato envie um documento para a Secretaria da Educação do Estado.  Inicialmente, o calendário proposto pelo governo baiano era que parte das escolas começaria o ano letivo em março de 2013, e as unidades de ensino que ficaram mais tempo paradas este ano, por causa da greve, terminariam as aulas em abril de 2013. (Da Redação)

PT recua e fecha com Marcelo Nilo


Apesar da resistência ao processo de recondução de um mesmo parlamentar ao comando do Legislativo por seguidas quatro vezes, e da ameaça em lançar candidatura própria, tendo o deputado Rosemberg Pinto (PT) como um possível nome para a sucessão, a bancada petista na Assembleia decidiu ontem fechar apoio ao deputado Marcelo Nilo (PDT), na busca pelo quarto mandato na presidência da Casa.

Rosemberg se colocou como pré-candidato na semana passada e chegou a dar ultimato ao partido, mas, como era previsto, o PT recuou a uma possível iniciativa de entrar na disputa e preferiu aderir ao projeto do aliado na base governista. Nos bastidores há quem diga que influenciou no apoio a Nilo o aval do governador Jaques Wagner (PT), para quem seria confortável manter o pedetista no comando da Casa. (Da Redação)

sábado, 31 de março de 2012

E se fosse na zoosfera política?



A poucos meses do início oficial do pleito eleitoral, os ânimos estão acirrados, independentemente do município ou seu porte.

            A política e a politicagem rolam soltas, dança das cadeiras, cooptações, rompimentos, folclóricas propostas irrecusáveis e improváveis, articulações, apostas, quebra de tabus, debates do que é moral, uns tantos éticos outros nem tanto.

            Grupos que a pouco eram colossos, mais adiante, espumam como sonrisal, outros do pó, ressurgem-se.

            Imprensa tendenciosa, independente, factual, exagerada, panfletária, chapa branca, marrom, são apenas alguns adjetivos grafados aos heróis comunicadores. Tudo (ou quase tudo) é culpa da inquisição investigativa que retrata em tórridas letras e alcalinas imagens. Apenas registros expostos.

            Se a esfera ambiental da política fosse comparada a de um zoológico, nela encontrariamos de tudo: raposas, girafas, gorilas, avestruzes, corujas, javalis, cachorros, araras, papagaios, veados, micos, galinhas, hienas, capivaras, sabiás, cobras, lagartos, cavalos, onças,  cangurus, elefantes, jacarés, rinocerontes, pacas, águias, ursos, preguiças, hipopótamos, camêlos, tartarugas, zebras, tatus, hienas, camaleões, emas, lebres, urubus, pavões... ufa... encontrariamos todos os bichos, todos... até tubarão, piaba e baiacú, todos... menos o bicho BURRO!

 

Texto e edição de imagem: Luís Carlos

terça-feira, 26 de julho de 2011

Roberto "RECNão" diz que políticos sofrem de ‘bullying




O senador Roberto Requião (Rec Não), que tomou o gravador de um repórter da rádio Bandeirantes (em 26 de abril) e só devolveu o aparelho depois de apagar a entrevista que tinha dado, explicou no plenário ontem (27) o "porquê" (?) da irritação e disse que foi vítima de "bullying".

“Perdi a paciência e peguei o gravador do repórter porque o fiz: para que ele não editasse a entrevista. Acho que é momento correto pra resolvermos esse problema e acabarmos com abuso com esse verdadeiro bullying que sofremos nós os brasileiros, parlamentares ou não, nas mãos de uma imprensa, muitas vezes absolutamente provocadora e irresponsável”, declarou Requião.

A atitude de Requião é reprovável, ainda mais que o acesso a informação é um direito da sociedade e ninguém pode impedir o trabalho da imprensa, muito menos os detentores de cargos eletivos.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A questão da violência – Um outro olhar


 Por Luís Carlos

Quando assistimos aos jornais, as notícias sempre falam de violência. Ao abrirmos os jornais e revistas impressos, a violência é destaque em quase todas as páginas. Na Internet, em seus sites e blog’s, as notícias de violência imperam.
Ao analisarmos a questão da violência, perceberemos que, muito mais grave do que o crescimento do número de mortes violentas, está o terrível sentimento de normalidade que domina a nossa sociedade frente à tragédia cotidiana.

Para compreendermos os motivos dessa banalização diante da violência, precisamos antes entender que boa parte da origem do problema reside na profunda e histórica injustiça social da nossa sociedade. Segundo o IBGE, significativa parcela da população vive em estado de profunda miséria, habitando em cortiços, favelas e guetos.

Isso, provavelmente, nos conduz à seguinte reflexão: “Como resolver o problema da miséria para que possamos reduzir a violência?” A resposta parece, pelo menos na teoria, bastante óbvia: distribuir renda.

Levanto essa questão para provocar uma associação quase que inevitável: Qual a relação entre a violência, a sua banalização na sociedade e a distribuição de renda? Se conseguirmos perceber que um dos grandes elementos geradores da violência é a profunda desigualdade social refletida na estatística do IBGE, poderemos perfeitamente começar a perceber que a violência cresce na mesma proporção em que cresce a fome, a miséria, o desemprego e a concentração de renda.

Isso faz com que as oportunidades sejam cada vez mais escassas em nossa sociedade.

Diante de tal situação, três fatores são importantes para nossa reflexão. O primeiro refere-se a onde a violência predomina mais. As periferias e os bairros mais afastados dos centros das cidades são grandes bolsões de pobreza e miséria, onde as pessoas buscam sobrevivência. Quem nasce e vive nessas localidades são vítimas do preconceito social, pois impera a falsa ideia de que essa população é composta de pessoas “perigosas”, propensas à desordem e ao crime. Isto é uma mentira que a grande mídia e a ideologia dominante nos pregam.

Os habitantes desses locais são os desfavorecidos da sociedade, pois nelas o poder público não investe nos direitos necessários à vida digna: educação, saúde, saneamento básico, segurança, etc. Quando os órgãos de segurança vão a esses guetos, ao regressar deixam um saldo de violência pior do que o encontrado anteriormente. A presença da polícia é sinônimo de ameaça, porque vai entrar em conflito com as gangues e neste conflito, as maiores vítimas são as pessoas e as famílias que não têm ligação com o crime organizado, como por exemplo, é o de inúmeras vítimas de bala perdida.

Os poderes constituídos, tem se mostrado incapazes de enfrentar essa calamidade social. Pior que tudo isso, é constatar que a violência existe com a conivência de grupos das polícias, representantes do Legislativo de todos os níveis e, inclusive, de autoridades do poder Judiciário. A corrupção, uma das piores chagas brasileiras, está associada à violência, uma aumentando a outra, faces da mesma moeda.

As causas da violência são associadas, em parte, a problemas sociais como miséria, fome, desemprego. Mas nem todos os tipos de criminalidade derivam das condições econômicas. Além disso, um Estado ineficiente e sem um sério programa de política pública de segurança, contribui para aumentar a sensação de injustiça e impunidade, que é, talvez, a principal causa da violência.

Em um Estado democrático, a repressão controlada e a polícia têm um papel crucial no controle da criminalidade. Porém, essa repressão controlada deve ser simultaneamente apoiada e vigiada pela sociedade civil.

A solução para a questão da violência no Brasil envolve os mais diversos setores da sociedade, não só a segurança pública e um judiciário eficiente, mas também demanda com urgência, profundidade e extensão a melhoria do sistema educacional, saúde, habitacional, oportunidades de emprego, distribuição de renda, dentre outros fatores. Requer principalmente uma grande mudança nas políticas públicas e uma participação maior da sociedade nas discussões e soluções desse problema de abrangência nacional.

Sendo assim, se não há segurança pública, o crime organizado se enraíza e domina a vida do povo e da sociedade.
O segundo fator refere-se à situação dos jovens: muitos não estudam, nem trabalham; são negros, mestiços e a maioria é analfabeta ou analfabeto funcional; não têm acesso ao lazer, nem a cultura. A cultura que conhecem é a do boteco e da violência. Como exigir desses jovens integridade moral ou ética se seus direitos são vetados ou desrespeitados? Sem condições mínimas de vida, os jovens ficam sem alternativas e entregam-se à prostituição, às drogas e outras formas de violência. Isto é quase que inevitável.

Diante dessas condições de exclusão, estar entre os 12 e os 29 anos é atravessar uma fronteira de incertezas: Educação ou Abandono? Oportunidade ou Desemprego? Vida ou Morte? Quando se trata de juventude, a Bahia não é a terra de todos os santos, mas de todos os temores e apreensões diante de um futuro altamente duvidoso.
Até quando?

O mercado de trabalho não vê com bons olhos e não acolhe os jovens oriundos de determinadas localidades, porque o preconceito e a falta de profissão não permitem.

Os jovens encortiçados, favelados, moradores dos guetos não correspondem às exigências do “Deus Mercado”, que exige deles “boa aparência” e preparo técnico-profissional. Por isso, é de ficar perplexo com a ignorância daqueles que assistem à violência pela TV, em sites, blog’s e jornais impressos e afirmam: “A polícia tem que matar mesmo. Esses jovens não querem nada com a vida”. Quem assim se expressa engana a si próprio ao pensar que não é violento. Como posso afirmar que sou contra a violência se desejo a morte daqueles que são vítimas da violência?... Se não há políticas públicas de defesa e promoção da juventude, os bairros periféricos continuarão sendo verdadeiros produtores de marginais para a sociedade.

O terceiro fator refere-se aos investimentos dos Governos em políticas de segurança. Apesar de se discutir tanto sobre o problema da violência, nossos políticos, em sua maioria, ainda pensa que o problema está na falta de policiamento e de ações repressivas por parte dos órgãos de segurança.

A compra de armamentos eficientes, a construção de presídios, os investimentos na qualificação dos policiais, a aquisição de novas viaturas, o aumento dos salários das polícias etc., certamente são ações urgentes e necessárias, mas não resolvem o problema da violência. Tais ações não intimidam o crime organizado, antes o estimula a ser mais estratégico e eficiente.

A repressão controlada e a polícia têm um papel crucial no controle da criminalidade, porém a solução está na promoção da dignidade humana, que passa pela educação, pela cultura, pelo prazer da leitura, pela saúde, pela moradia digna, pelo trabalho, pela boa alimentação, pelo lazer, pelo saneamento básico, pela segurança, etc.

Quando o cidadão não tem esses direitos assegurados, termina por enveredar para o crime, porque pensa encontrar nele a solução para seus problemas, isso é fato. O jovem desempregado quer dinheiro para prover suas necessidades básicas, comprar um tênis da moda, um bom corte de cabelo... Se o trabalho, que é um direito, lhe é negado, como conseguirá suprir suas necessidades e a vaidade típica da idade? Então, os que não conseguem resistir às tentações do tráfico, terminam por comercializar as drogas para sobreviver.

domingo, 24 de julho de 2011

"Democracia Omissa"

fonte: Oestemaquia - por Márcio Carvalho

Alexis de Tocqueville foi um grande pensador político francês do Século XIX. Em seu livro Democracia na América, repleto de análises que continuam pertinentes e atuais, o autor externa a preocupação a respeito da ausência do povo nos negócios do governo. O maior receio futuro de Tocqueville é a omissão dos cidadãos em favor de um poder tutelar – e o fato de que os representantes deste poder sejam eleitos não altera coisa nenhuma...

Das cidades nas quais morei, Barreiras é aquela na qual mais se fala sobre política nas ruas; entretanto, posso afirmar que é aquela na qual o povo é menos politizado. Paradoxo? Não. Fala-se muito sobre política, mas se age pouco em termos políticos concretos.

Quando uma rua é asfaltada (raro!) foi "a" prefeita. "Jaques Wagner" não apóia a região oeste. O asfalto da rodovia é responsabilidade de "Dilma". Nunca se fala nas instituições, apenas nas pessoas. E a personalização das questões retira delas seu conteúdo político, uma vez que passa a se tratar de questões pessoais; desta maneira, inviabiliza-se a ação política coletiva, visando influenciar o processo de tomada de decisões destas instâncias, para que levem em consideração os interesses de importantes setores da sociedade civil.

Isto significa que deveríamos ter como horizonte uma democracia totalmente direta, em que todas as decisões são tomadas em assembléia? Poderíamos imaginar que, desta forma, os interesses majoritários da comunidade seriam atendidos. Minha resposta é: nem sempre. Vou me apoiar em outro filósofo para prosseguir o argumento, Bertrand Russell (no livro Poder: Uma nova análise social): "A Democracia como método de governo está sujeita a algumas limitações que são essenciais... [as quais] surgem principalmente de duas fontes: algumas decisões têm que ser rápidas e outras exigem conhecimento especializado"

Comecemos com a velocidade: não é possível chamar uma assembléia ou plebiscito a cada decisão a ser tomada em sua instituição, universidade, município, estado ou país. Algumas questões precisam ser abordadas de imediato; o planejamento de qualquer ato de gestão se torna impraticável sem que haja um direcionamento central que possa resolver divergências entre os diferentes interesses que se apresentam em qualquer comunidade.

Quanto à especialização, há questões que devem ser decididas tecnicamente. Não seria prudente realizarmos um plebiscito a cada mês para saber se a população acredita ser melhor aumentar ou diminuir a taxa de juros, pelo simples motivo que a maioria de nós não tem capacidade técnica para analisar a economia nacional e tomar esta decisão. Uma assembléia não deveria ter o poder de desconsiderar um parecer técnico expedido por especialistas numa determinada área (deveria poder, sim, pedir a opinião de outros especialistas).

Quando não se leva estes fatores em consideração, temos uma forma degenerada de democracia, uma democracia "de fachada", um assembleísmo que tende a desorganizar o planejamento e as atividades necessários para gestão. Diga-se de passagem, assembleísmo populista, pois o povo fica feliz achando que participa das decisões, sem perceber que está, na verdade, partilhando a responsabilidade pela ineficiência.

Voltando a Russell, "devido a estas limitações essenciais, muitos dos assuntos mais importantes têm que ser confiados ao governo, pelo eleitorado". Institui-se, assim, uma instância executiva, que precisa lidar com o funcionamento cotidiano, a gestão mesma de uma organização, e uma instância "legislativa", que pode realizar planejamentos de mais longo prazo. Cabe lembrar que esta última pode funcionar como assembléia (participação efetiva de todos) ou ser representativa.

Qualquer que seja o caso e com respeito a ambas as instâncias, voltamos àquela preocupação inicial de Tocqueville: não basta votar em alguém e se retirar do cenário. Isto não vai contra a afirmação de Russell que abre o parágrafo anterior, pois mesmo naqueles assuntos em que a decisão deve ser tomada sem consulta à população, gestores e governos devem prestar contas por assumir tal ou qual postura.

A solução necessária é a "liberdade política", definida por Gerard Lebrun (em O Que É Poder) como "a participação efetiva dos cidadãos nos negócios públicos. Só ela pode impedir a atomização do tecido social que favorece o despotismo". Esta participação se dá pela ocupação efetiva de espaços políticos e públicos. Não basta ficar nas mesas de bar, calçadas e corredores reclamando dos gestores (personalismo): temos que nos mobilizar e reivindicar nossos interesses, quando não for possível atingi-los por nós mesmos. Foi o que a comunidade UFBA fez no ano passado (vejam post de Wagner Teles sobre o caso).

Um interesse importante em nossa cidade é que as instâncias descritas acima sejam efetivamente independentes, de forma a que uma possa fiscalizar o funcionamento da outra; em outras palavras, a Câmara dos Vereadores não deveria ser mero apêndice do Executivo Municipal. Este espaço pode ser ocupado pela população, seja individualmente cobrando seus Vereadores, seja organizando movimentos para mobilizar a Câmara como um todo, ou ainda participando em todas instâncias em que tem representação e voz.

Lembrem-se, apenas, que estes espaços não são dados: precisam ser conquistados.

Um mero detalhe

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Prefeita de Barreiras mantém "fantasma" em Brasília

Baiana, Maria Catarina Pereira Santos é a atual administradora do Taguaparque, localizada na região de Taguatinga. Foi nomeada para o cargo de assessor especial de gabinete, símbolo DFA-12, em 25 de janeiro deste ano, no governo do Novo Caminho de Agnelo Queiroz.

Até aí, nada demais. No entanto, ela também ocupa o cargo de assessora especial de gabinete na Prefeitura Municipal de Barreiras-BA, símbolo NH3, na administração de sua colega, a prefeita e ex-deputada federal Jusmari Oliveira (DEM). O ato de nomeação na Prefeitura é de 05 de julho de 2010. Portanto, há pelo menos seis meses ela vem acumulando os dois cargos públicos, situação vedada pela Constituição Federal.

Maria Catarina vem dando expediente normal na Administração Regional de Taguatinga. Já na Prefeitura de Barreiras, ela apenas recebe os seus vencimentos no final do mês sem a obrigação de comparecimento no seu local de trabalho, tendo o seu ponto abonado pela prefeita amiga.
Com o acúmulo dos cargos, a servidora “fantasma” tem um ganho salarial mensal de 6 mil reais mensais, somando os dois vencimentos. Pesquisando, todos os Diários Oficiais da Prefeitura, da data que a servidora foi nomeada, ou seja, em julho de 2010, até o presente momento não consta nenhuma exoneração do cargo em seu nome, indicando o acúmulo dos cargos.

Maria Catarina, já ocupou por um mês o cargo de assessora de gabinete da Secretaria de Saúde, em 2007, na administração de José Roberto Arruda. Depois não há notícias de uma nova lotação. Em seu nome, consta que ela possui três endereços em Brasília: uma casa na QSA 17, Taguatinga; uma casa na SHIN QI 09, Lago Norte e; uma chácara no Núcleo Rural Saia Veia, em Santa Maria. Resta saber, qual o nome do padrinho político responsável pela nomeação da “fantasma” na Administração de Taguatinga...

Fonte: Brasília em OFF

Veja abaixo a publicação no diario Oficial de Barreiras

sexta-feira, 18 de março de 2011

Greve dos professores, o impasse aumenta


Por Luís Carlos com informações do SINDSEMB e DIRCOM

Em Assembléia ontem (17), no auditório da UNEB, os professores em greve, decidiram não participar da reunião de hoje, (18) com a comissão de representantes da prefeitura.
A alegação é de que os secretários do municipio e o procurador geral do municipio, Jaires Porto, não tem autonomia suficiente para tomar decisões. “Os professores estam dispostos a negociação, tanto é que antes da decretação da greve, por seis vezes procuramos a prefeita. A responsável pela administração é a prefeita, ela está se omitindo, repassando responsabilidades a quem se reporta a ela para pedir autorizações. Queremos num ambiente democrático debater pessoalmente com Jusmari,” disse o presidente do SINDSEMB.

terça-feira, 15 de março de 2011

Está na mesa – Sopa de Letrinhas

Por Luís Carlos – fontes: CEOF/SAD/TSE


O ano era 1989. Eu, um adolescente de 16 anos afoito com meu título na mão querendo depositar meu primeiro voto.
Vinte e dois anos se passaram e o Brasil vive a expectativa de ruptura importante no quadro partidário, patrocinada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Líder de um grupo que pode vir a dar origem ao PDB – “Partido da Decepção Brasileira”.

A partir de agora, nada de somente PT, PSDB, DEM ou PMDB reinarem na Pátria Amada Brasil. Para bem lhe atender, não é mais necessário consultar o cardápio, o prato, goela abaixo,  é sim a “Sopa de Letrinhas!!!”

Num futuro bem próximo, eleitores mais à direita poderão votar no MIB (Movimento Integralista Brasileiro), os mais rebeldes esquerdistas terão a possibilidade de optar pela LBI (Liga Bolchevique Internacionalista) ou pelo PCR (Partido Comunista Revolucionário). Os de espírito mais alternativo poderão depositar suas esperanças no Partido Pirata. Se o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovar a fundação das novas legendas, o Brasil pode chegar a 58 partidos, ante os 27 que existem atualmente. Trinta e uma novas agremiações aguardam a oportunidade de se tornar partidos.

Li um texto num blog da região oeste da Bahia com o seguinte título: “O QUE HÁ ENTRE KASSAB, OTTO E ZITO?
A resposta é a seguinte: tudo e nada. O que há em comum é a ambições de se perpetuar no poder. Em que ,os pensamentos empoeirados e saudosistas da "Memória das Trevas" podem acrescentar? Em que, novos partidos melhoram a vida das pessoas? Só conheço uma coisa dentro da política ideológica, o “Santo e Sagrado Trino”. Esquerda, centro e direita. Tem mais que isso? O resto é balela!!!

Voltando ao prato frio, os partidos políticos estão cada vez mais afastados da sociedade civil e a principal questão que se coloca ao cidadão eleitor será descobrir quem, dentro dessa cumbuca “sopídica letral”, tem propósitos de realmente representar setores da sociedade. E quem pretende comerciar seu espaço na TV e no rádio para partidos maiores ou se tornarem simpáticos e dóceis "papagaios de pirata", encarregando-se de atacar rivais na defesa de interesses de terceiros, em troca de cargos ou dinheiro.

Já temos um número exagerado de legendas, o que distorce o debate eleitoral e dá margem para todo tipo de negociações espúrias, alienígenas e sem sal.

Em pratos frios, é legítimo que a sociedade seja representada nos partidos por suas ideologias, na prática não é isso que ocorre. Muitos estão aí simplesmente para reforçar o fisiologismo e a partilha de recursos do Fundo Partidário.

Os novos partidos que venham a conseguir registro terão direito a dividir R$ 221.126.289,16 do Fundo Partidário (ver tabela abaixo), dinheiro que é repassado às legendas e ainda dispor de exposição na mídia apresentando falácias e dizeres.

sábado, 5 de março de 2011

O Carnaval e um grito de protesto

Não são todos que gostam da festa momesca. Prova disso está num grupo de jovens que todas as tardes se reunem na Praça das Corujas, centro de Barreiras. São Punk’s que se auto intitulam “Anarquistas”.
A redação do Caminho do Oeste, conversou com esse pequeno grupo que em pleno carnaval, e na terra do Axé, heroicamente, como eles mesmos dizem, “arrotam seus protestos.
Leia a seguir,  os depoimentos que registramos de 2 de seus integrantes.

Fotos e entrevista - Luís Carlos




Allysson, também conhecido como “Guariba”, tem 22 anos e é estudante de direito.
Najla, 17 anos, é secretária em uma  faculdade de letras.






CO
– Vocês não acham uma contradição ser Punk na Bahia e ainda mais numa cidade do interior?

Allysson
– Não existe contradição alguma por nossa parte. Contraditória é essa sociedade preconceituosa.

CO
– Preconceito? Vocês já sofreram algum?

Najla
– Sim, e não foram poucos! Somos um movimento autônomo e avesso ao modismo. Por falta de alternativas, a praça das corujas virou nosso point. Somos marginalizados, muitos não aceitam por sermos como somos. Gostamos de roupas pretas, nosso som é pesado, e são de protesto. Por diversas vezes a polícia nos revista, nos marginaliza.

CO
– Allysson, você se auto intitula “Anarquistas” , não existe contradição em você ser estudante de direito?

Allysson
– A sim, passo por conflitos internos, porém, já que vivemos em sociedade, vejo o direito como um ponto vasto no mundo do conhecimento. Foi através do estudo que aprendi que podemos sim, sermos o que quisermos e como quisermos.

CO
– Me falem um pouco mais sobre vocês e o movimento Punk de Barreiras
Allysson – Somos todos jovens, porém somos conscientes da imundice que é nossa sociedade. Ela é suja!

Najla – Somos rebeldes com causa, abominamos drogas, somos avessos ao crescimento econômico individual das pessoas. Tudo deve ser de todos, e ao mesmo tempo nada é de ninguém.

Allysson – Nosso movimento está espalhado por toda a região e é forte. Tem Punk em Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Santa Maria da Vitória, Cotegipe, Correntina e Cristópolis.

CO - Estamos em pleno Carnaval, o que vocês acham dessa festa?

Allysson - Esses 4 ou 5 dias são de muita revolta e perturbação, o que vejo são idiotas alienados pulando, enquanto isso, uma minoria lucra alto com esse mercado da imbecilidade e da futilidade que alimenta a desgraça de um povo que se mata uns aos outros.
Já fomos chamados de gangue pela grande mídia local (gangue de preto), são ignorantes os que pensam assim. Somos um movimento social liberto e independente desse sistema burguês.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Prefeita é vaiada em lançamento do carnaval da saudade



fonte www.caminhodooeste.com.br Foto e texto
Luís Carlos
A prefeita de Barreiras, Jusmari Oliveira foi vaiada no ato de lançamento do Carnaval da Saudade na praça Landulfo Alves, centro histórico de Barreiras, pouco antes da meia noite. Ao lado do marido, o ex-prefeito de Luís Eduardo Magalhães e atual deputado federal Oziel Oliveira e da deputada estadual Kelly Magalhães, não se intimidou e deu seu recado, “Que morram os apaixonados, foi preciso alguém sem nascimento em Barreiras para construir moradias populares e esgoto na cidade.”

Vale lembrar o recente o caso do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes.

Amazonino (PTB), prefeito de Manaus, cidade considerada como uma das mais tristes do país, e o município do estado do Amazonas com maior caso de dengue – cassado, em primeira instância, pela ilustríssima juíza Maria

Eunice Torres Nascimento, ao visitar a comunidade Santa Martha, na zona norte da cidade.

O prefeito cassado, mostrou que se encontra com muita dificuldade para lidar com a população carente da cidade.

A senhora Laudenice Paiva, de 37 anos, que pretendia construir uma casa na comunidade onde havia morrido uma mulher e duas crianças, devido a queda de um barranco, se enervou e cometeu duas atitudes inaceitáveis na chamada convivência das diferenças humanas. Atitudes jamais aceitáveis praticadas por uma simples pessoa, e muito menos por alguém que já foi governador do estado por três vezes, e prefeito da cidade por duas vezes.

O prefeito que iniciou sua carreira como biônico no fim da ditadura; portanto, com tempo de poder no Amazonas, junto com seus grupo ultraconservador, quase igual ao dos ditadores dos países árabes que o povo tanto tenta derrubar.

Leia trecho do motivo da cassação do Prefeito de Manaus

Amazonino – Vocês poderiam ajudar a prefeitura “não fazendo casas onde não devem”.
Senhora – “Mas a gente está aqui porque não tem condição de ter uma moradia digna.”
Amazonino – “Minha filha, então morra, morra!”
Senhora – “Então vamos morrer todos.”
Amazonino – “Você é de onde, de onde?”
Senhora – “Eu sou do Pará”
Amazonino – “Então pronto, está explicado.” (E deu às costas, caso encerrado para o prefeito que espera julgamento de seu processo de cassação definitiva pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O carnaval de todas as teorias


 
O carnaval é a festa popular mais teorizada do mundo. Filósofos, antropólogos, sociólogos e até matemáticos (acreditem!) há muito tempo procuram entendê-lo. Livros e mais livros se lançam na missão de traçar o que seria um perfil científico deste que é o maior e mais festejado evento brasileiro. Pois bem. Este texto, esclareço desde já, não pretende o objetivo almejado pelos teóricos de plantão. E a razão é simples: o carnaval não deve ser levado tão a sério; explicar o aquecimento global analisando as vestimentas dos foliões, por exemplo, é uma babaquice. Sendo assim, proponho uma análise bem mais simples, disposta somente a valorizar sem exagerar e a criticar sem menosprezar a mais importante festividade brasileira.

O carnaval é democrático, profano, simbólico, alegre e (rsrs) cultural (?). É a oportunidade em que todos se unem na buscam da diversão e do prazer, (garotas adolescentes formam filas, para distribuição de beijos); é a hora de pisar no “falso moralismo” e ver arte em belos seios, bundas murchas e rodondinhas a mostra; é o momento de expressar a criatividade, tornando qualquer bobagem numa grande e admirada bobagem; é o encontro da felicidade com o cansaço merecido e desejado; é a afirmação de uma cultura que resiste e se impõe; no carnaval é como se por alguns dias, esquecêssemos das roubalheiras dos nossos amados e sorridentes políticos, de suculentos lanches e quitutes servidos a nossa digna guarda municipal, da desigualdade social, da violência...; é como se vivêssemos no melhor dos mundos; no mais feliz de todos. 

Temos aqui o delírio mais intensamente comemorado do planeta. Que bom que, mesmo iludidos, temos a chance de sermos felizes de vez em quando. Nota 1.000 para o carnaval.

Mas o carnaval também parece ser para muitos um convite irresistível para a prática de atos irresponsáveis; é excesso admitido e louvado como um deus; é a permissividade atraente e provocante; é a contemplação do conformismo que nos nega a oportunidade de ver além dos abadas, dos blocos, dos trios elétricos. Em outras palavras, é como se fôssemos merecedores da felicidade apenas nos festivos dias da carne¹. No resto do ano, só nos resta à realidade; e essa, nem preciso dizer, não é lá tão encantadora. Por fim, o carnaval, infelizmente, é uma propaganda enganosa, uma vez que passamos para o mundo a ideia de que vivemos no país mais feliz e liberal do mundo. Que aqui o respeito pelas liberdades grassa sem qualquer obstáculo. Um país em que as pessoas têm medo de sair de casa ante a possibilidade de serem assaltadas, agredidas e até mortas por qualquer bobagem, não é obviamente o planeta sonho. Um país que vê sem susto alguns de seus representantes enchendo de dinheiro público em meias e cuecas, mas se sente horrorizado (só pra exemplificar) quando se depara com a possibilidade de ver a demonstração de amor entre um branco e uma negra, não é rigorosamente um país livre. É hipócrita.

Os méritos do carnaval não afastam as suas facetas claramente desastrosas. Eles devem, antes de tudo, ser mantidos e fortalecidos de modo a possibilitar a superação, ou ao menos a redução, das consequências negativas aqui retratadas.

Bandas que não representam nossa realidade cultural e local, levam sacos e sacos de  dinheiro, verdadeiros garimpeiro, que levam nosso ouro deixando somente o buraco escavado. Enfim milhões gastos em poucos dias, e isso não muda em nada a nossa triste realidade cotidiana... Saúde, educação, transporte público, esgotamento sanitário... nada muda, é o mesmo da mesmisse.

Mitificar o carnaval, embrulhando-o de uma seriedade inalcançável e sempre teórica, a fim de compreender tudo e todos, não ajuda em nada na consecução desse propósito. Melhor mesmo é valer-se do espírito crítico, prático e renovador que habita em cada um de nós. Este sim nos conduz ao amadurecimento que indiscutivelmente falta para lidar com a nossa maior festividade, viva a alegria!!!

1. Carnaval
Corruptela do latim "CARRVM NAVALLIS".
Na Antiguidade, os desfiles públicos oficiais eram restritos às conquistas guerreiras, recontatadas de forma alegórica, enquanto os desfiles festivos, eram de cunho religioso ou mitico, como as Satúrnias, que acabavam, inavariavelmente, em muito sexo (Por isso, essa confusão literal de "Festa da Carne").
Com o passar do tempo, houve fusões e influencias de outras culturas mediterrãneas, mas o sentido de "corso" e "desfile" se manteve, sempre com a presença dos "Carros Navais", mais tarde, denominados genéricamente de "Carros Alegóricos".
Classificação morfossintática: fonte web
- [carnaval] substantivo masculino singular .
Sinônimos: orgia, sensual, lacivo, concupiscente, folía, tríduo, putaria, promiscuidade, confusão generalizada, libertinagem .
Antônimos: serinidade, pureza do espírito do corpo e da alma enterro, velório, tristeza, moralidade, castidade, melancolia.
Palavras relacionadas: festival, folia, folguedo, bacanal, imoralidade, agnome, alfanúmero, antropônimo, codinome, cognome, comemoração, entrudo, epônimo, evchamol, feriado festa, natal, pentecoste, páscoa, prenome, pseudônimo, quaresma, revelhão, sobrenome tecnônimo, véspera, desfiles de blocos, alegria .

quinta-feira, 3 de março de 2011

"Fazer ou não fazer, eis a questão"

Fala da prefeita Jusmari reunida com a imprensa e diversos segmentos da sociedade civil organizada de Barreiras para fazer o lançamento oficial das atrações que comandarão a folia momesca deste ano. O evento aconteceu durante um café da manhã, no último sábado (26), no bar e restaurante Cais e Porto.



terça-feira, 1 de março de 2011

Isenção: Conversa pra boi dormir

Ligue para a redação de algum veículo de comunicação e pergunte: "a sua publicação é  isenta?" O camarada do outro lado vai jurar de pés juntos que SIM, e, para prová-lo, vai dizer: "Expressamos nossa isenção publicando textos das mais diferentes correntes ideológicas." Pronto. Segundo o cara, o veículo onde trabalha é isenta porque publica opiniões muito diferentes entre si. Em nome da pluralidade, é certo. Massss...Vocês acreditam nisso? Será que não há uma linha editoral ndirecionando um cert olhar? 

Ou seja, não será que, independentemente dos textos, o veículo de comunicação, por si só, não tem uma opinião muito própria, ainda que se proponha totalmente imparcial e isento?

Estou afirmando que desconfio muito desse papo de isenção. Isso simplesmente não existe. Querer maquear a linha editorial é um recurso questionável, porque esconde algo que deveria ser explícito. Pensem bem. Vocês acham legal ler um jornal (impresso ou on-line) para descobrir após vários meses que, no fundo, o jornal tem sim opinião e toma partido sim senhor?

Não é muito mais honesto que o veículo se apresente simplesmente como seu dono quer que ele seja? Da forma como vejo, trata-se de questão de honestidade. Se um meio de comunicação não é honesto com seus leitores, com quem mais ele o será? Ou seja, se um veículo oculta que possui sim linha editorial e ideológica é de se imaginar o mau-caratismo com que é gerido. O melhor é ser simplesmente honesto: "Aqui no veículo X trabalhamos segundo a ideologia da direita, pois assim manda o patrão, e eu, que sou empregado, simplesmente obedeço porque preciso do emprego para pagar minhas contas."
Simples, verdadeiro, honesto e objetivo, como todo veículo de comunicação social deveria ser.

Violência – Causas e Consequências

Desigualdades sociais extremadas com uma cultura altamente consumista, é igual a uma sociedade com elevados índices de violência e corrupção.



A matéria não pode nos causar espanto, é assunto corriqueiro. Todos os dias notícias semelhantes são publicadas Brasil a fora.
GAROTO DE 15 ANOS INVESTIGADO POR 20 MORTES EM SALVADOR”
 
Isso tudo é compreensivo, porém; o fato não pode justificar qualquer crime, mas entender que a utilização do sistema penal, polícia, prisões, etc... Para combater a violência não pode ter um efeito senão superficial, pouco eficaz, diminuto, na melhor das hipóteses (pois talvez ela até agrave o problema, dado o caráter seletivo desse mesmo sistema, que reforça a estrutura de concentração/exclusão). É preciso, pois, atacar a questão em suas causas.
 
Cremos e vemos que a maioria dos crimes é motivada pela busca do supérfluo, e não somente por necessidades básicas de sobrevivência. Isso se torna ainda mais verdadeiro à medida que o consumo do supérfluo se torna crescentemente vital à constituição da identidade social do indivíduo. Quanto mais consumista e desigual for uma sociedade, portanto, maior será o incentivo à criminalidade: se é preciso consumir bens caros para ter valor, poder e Status Sociedade (e inclusive para reconhecer a si mesmo como alguém de valor, a chamada alto estima), a enorme massa de pessoas excluída economicamente dessa possibilidade ficará fortemente tentada a procurar a via da violência – e da corrupção, umas de suas formas mais perversas – para conseguir obter os bens que lhe farão ser e sentir-se incluída segundo os padrões do sistema social hegemônico.
 
Não seremos hipócritas em dizer que não vou chamar a polícia se acaso eu for roubado. Temos plena convicção, isso não resolve o problema, ainda que prendam o malfeitor, outros crimes acontecerão. Acreditar que o sistema penal, assim como defendem lideranças políticas e empresarial da região oeste da Bahia, por exemplo, (seria ingenuidade ou má intenção?) é como supor que se pode fazer cessar uma enorme hemorragia usando-se um bandaid… Parece-nos falsa a ideia de que a grande causa da violência seja a impunidade: a da corrupção, dos crimes de colarinho branco, pode até ser, sim. 
 
Porém, para outros crimes, não, porque o fato é que muitos sabem até do alto risco de acabar morrendo – com tiro de um concorrente ou de policial – ao optar pela vida criminosa, tem ciência, em certos casos, que provavelmente terão uma vida curta… Lembrem-se do documentário Falcão: meninos do tráfico, no qual um menino traficante de drogas afirma: “Se morrer, nasce outro que nem eu, pior ou melhor. Se morrer, vou descansar“. Pondero, “o problema não só de impunidade…”.
 
É preciso, ir às raízes, pararmos de lutar com os galhos. Combater a concentração de oportunidades, poder e riquezas, garantir iguais direitos a todos, e construir uma nova cultura, alternativa ao consumismo hegemônico.
 
O que vemos é uma juventude perdida, onde ao invés de estarem curtindo um lazer agradável em uma praça, fazendo música, ou qualquer outra forma de lazer, o que lhes é ofertado como opção é o boteco, as drogas, eventos alienantes financiados com verbas públicas.
 
O nosso ensino escolar está destroçado, a cultura é pouco difundida, o lazer inexiste em nossa região.
 
Outra questão também, refere às baixas remunerações, uma mãe (só para exemplificar), que trabalha como doméstica, muitas vezes limpa quadros, vasos e utensílios que ela jamais ousa sonhar em possuir, tamanho é o valor dos objetos. Isso tudo é uma constatação importante, uma vez que isso, cremos é grave, pois muitos filhos ao perceberem tal situação, também veem que no tráfico de drogas ou na prostituição os seus proventos podem ser muito superiores.