Por: Luís Carlos Nunes, fonte
técnica: Revista da Associação Médica
Brasileira
O Oeste Global publica com exclusividade, um caso raríssimo na medicina mundial, que foi registrado em
30 de abril no Hospital do Oeste na cidade de Barreiras, estado da Bahia. Maria
da Conceição Barbosa da Silva, 30 anos, deu à luz a uma menina. O que seria
mais um parto comum, não fosse por um detalhe: a criança foi gerada no abdômen
(ectópicas), e não no útero da
mãe.
O
bebê, que ainda não foi registrada, mas deverá ter “Júlia Vitória” no nome,
nasceu com 40 semanas de gestação, pesando 3,1 kg e medindo 40 cm. Segundo informou
a mãe, a criança desenvolve-se normalmente, é atenta e muito gulosa, “ela não
dá trabalho, dorme a noite toda e sempre dá um chorinho querendo mamar, no
momento está resfriadinha”, falou.
"Me senti muito feliz quando ouvi o choro. Foi nessa hora que fiquei sabendo que era uma menina", lembra Maria da Conceição. Ela não teve dúvidas: chamou a filha de Júlia Vitória.
Mãe
de mais três filhos, Maria da Conceição é solteira, está desempregada e tem
como única fonte de renda o Bolsa Família no valor de R$ 135,00, relatou que
aos quatro meses de gestação sofreu um acidente automobilístico, “o carro em que eu estava bateu, eu estava com quatro meses de gravidez, a partir daí passei a ter
fortes dores na barriga, doía tanto que me cegava as vistas. Eu sentia também
muita ânsia de vomito”.
Segundo
ainda a mãe, a mesma informou que fez todo o pré-natal e que antes de ser
encaminha para o Hospital do Oeste, fez ultrassom no qual foi informada
pelo médico de que o exame estava estranho e que achava que eu tinha dois
úteros. "Fiquei assustada no começo, mas hoje entendo que minha gestação foi
diferente. Fui muito bem atendida em todas as etapas do pré-natal e agradeço
muito aos médicos que me atenderam”, concluiu.
Informações
coletadas da Revista digital da Associação Médica Brasileira diz que: “a gravidez
abdominal é muito rara. Segundo estudos, sua incidência varia de 1 para cada 10
mil a 1 para cada 64 mil partos. Mesmo entre as gestações ectópicas (fora do
útero), trata-se de um caso incomum, pois, quase sempre, o embrião se instala
na tuba, onde não se desenvolve por falta de espaço. Mais raro ainda é esse
tipo de gravidez ir adiante. A chance de sobrevivência neonatal é de no máximo 5%”.
“A placenta, que em geral se adere à
parede interna do útero para obter nutrientes que alimentam o bebê, fica do
lado de fora e pode deixar o feto sem nutrição ou se descolar a qualquer
momento, gerando uma hemorragia fatal para mãe e filho”. “A escassez de líquido
amniótico (causada pelo funcionamento incompleto da placenta), em geral, deixa
a criança sem espaço para se desenvolver e leva a más-formações de membros e
órgãos”.
Solidariedade
30
anos, desempregada, solteira, mãe de mais 03 filhos pequenos, Maria da
Conceição Barbosa da Silva teve uma gravidez complicada, sobretudo nos últimos
meses de gestação. Sentindo dores abdominais intensas e fraqueza, foi
encaminhada do Hospital Altino Lemos Santiago em Formosa do Rio Preto para o
Hospital do Oeste em Barreiras onde foi feito cesariana.
Nossa
reportagem sensibilizada com a precária condição social e econômica da entrevistada,
solicita atenção especial dos órgãos públicos competentes, cidadãos e populares para que
apoiem e auxiliem Maria da Conceição
nesse momento delicado.
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