Esse é o mais novo golpe que os neo-corruptos estão utilizando para embaçar as acusações de crime que praticaram. José Dirceu é a referência negativa. É só apontar: "ouvi dizer que..." ou "Uma pessoa viu..." Pronto! "Mais uma do Fulano. É claro que ele deu as ordens..." ou ..."foi cérebro" ou mais ainda,"...ia se beneficiar". Isso é ruim. É péssimo! É preciso que os ministros da STF, dêem um basta nessa malandragem. Delação premiada, é delação premiada.
A história abomina traidores, a traição provoca grande repulsa moral. Muito embora a missão não seja teológica, impossível não citar o nome daquele que, até que se prove o contrário, destaca-se como um dos maiores traidores de toda a história, Judas Iscariotes, que entregou Jesus aos soldados romanos em troca de 30 moedas de prata. Quanto à nossa história, os brasileiros associam a imagem de traidor a Joaquim Silvério dos Reis, que denunciou os planos dos inconfidentes mineiros em troca do perdão de sua dívida junto à Fazenda Real.
Paramos por aí. Cadê o dinheiro que Roberto Jefferson surrupiou? O esquema que dizem ter sido informado por ele, na verdade se originou de vários depoimentos, ilações e levantamentos feitos pelas comissões da CPMI.
E esses novos "delatores"? Como ficam os prejuízos dados a população contribuinte? Se são delatores, tem que informar (como criminosos que são), o que fizeram com a “grana”. Aí tem. Esses meliantes são suspeitíssimos.
Se o STF, com seus ministros, não tomarem providências para barrar essas malandragens, a delação premiada vai virar ato de heroísmo, e aí, vão faltar medalhas para tantos heróis e a justiça volta a se desmoralizar.
Luís Carlos Nunes
Editor - LBI Notícias