A helicoverpa, ou como é conhecida, lagarta da
espiga do milho, uma praga que até bem pouco tempo não preocupava os produtores
rurais, passou a ser um problema sério, principalmente nas lavouras de soja e
algodão. Na Bahia, ela está causando grandes prejuízos à lavoura.
As lavouras se estendem pelo oeste baiano, a partir
da divisa com os Estados de Tocantins e
Goiás. Somente de soja, a área chega a 1,3 milhão de hectares. A de algodão
ultrapassa os 280 mil hectares. Em ambas as culturas, o ataque da lagarta
helicoverpa, um problema que começou na safra passada.
Em uma das fazendas do produtor Julio Busato,
que há 25 anos planta na região, as
folhas não denunciam o problema, mas é só procurar nas vagens para entender por que essa lagarta passou a
ser o pesadelo dos produtores rurais. E a praga age da mesma forma na planta do
algodoeiro. Em uma lavoura, há poucos dias foi feita uma pulverização de
combate, mas a lagarta é difícil. Foi só procurar um pouco que encontramos
vários exemplares nas flores e nas maças do algodão. A estimativa
na região é de que a lagarta cause um prejuízo na casa dos R$ 300 milhões.