terça-feira, 26 de março de 2013

Formosa: Profissionais da educação cruzam os braços



Com faixas em punho e apito na boca, os profissionais da educação foram as ruas em protesto entoando palavras de ordem. “Trabalhadores da educação na rua, prefeito a culpa é sua”, bradavam.

Num verdadeiro ultimato as negativas do executivo municipal em receber a APLB, Sindicato que representa os profissionais de educação em Formosa do Rio Preto, trabalhadores cruzaram os braços nesta terça-feira (26/mar).



Merendeiras, professores, vigilantes e motoristas reivindicam correção do 13º salário, reformulação do Plano de Carreira e Remuneração do Magistério, Ampliação de Carga Horária, mudança de nível, aprimoramento profissional, direito a licença prêmio quando requisitado pelo trabalhador, gratificação para todas as atividades e reajuste salarial.


A diretora da APLB, Janete Serpa, em uso de microfone argumentava que a manifestação se deu em razão de a categoria não admitir o desrespeito às sucessivas negativas do executivo municipal em receber os profissionais de educação para conversações e abertura de negociação. "Nossa luta não é só por salário digno, é por direitos, regularização da merenda escolar, transporte para todos os alunos que precisarem, além da reformulação do Plano de Carreira, correção do 13º salário, gratificação para todos os profissionais de educação com justa remuneração. O Governo Federal cobra a qualidade no ensino e investe para isso acontecer. Se o objetivo é alcançar seis pontos no Índice de desenvolvimento do Ensino Básico - IDEB igual a país de primeiro mundo, o educador e profissionais de educação precisam ser valorizados e ter boa condição de trabalho, com todos, inclusive alunos motivados", justificou Janete Serpa.


O movimento de paralisação dos profissionais de educação teve número importante de adesões, é o que afirma a diretora Valdívia. "A avaliação da direção é positiva e vamos intensificar o movimento durante todo o dia. Continuamos a espera que o prefeito sinalize disposição ao diálogo democrático”, disse.


A direção da APLB recebeu no final da tarde de ontem (25/mar 17:15hs.) o ofício nº 25/2013 assinado pelo prefeito Jabes Júnior. No texto, o alcaide externou suas dificuldades em governar, e contrariando as expectativas dos trabalhadores, não agendou data para receber uma representação do sindicato. Jabes Júnior, no documento alega compromissos inadiáveis e imprevistos, disse estar tratando dos “superiores interesses do município e dos municípios do oeste baiano”, que como prefeito e vice-presidente da UMOB, esteve em encontro com o governador.


A direção da APLB por sua vez ressalta o aparente descompromisso com a educação no município por parte da gestão municipal, e reforça o repudio pela fuga ao diálogo. “O sindicato já encaminhou quatro ofícios, o primeiro foi no dia 10 de janeiro. Esperamos até ontem (25/mar) que nos informassem data para reunião e negociação. Nós só queremos o que é nosso. Queremos uma educação melhor que essa que aí está. Não vamos permitir ação antisíndical, o trabalhador tem direito a se manifestar. Estamos firmes na luta”, disseram.




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