Governador diz que seu nome está em um grupo de
"três ou quatro dentro do PT" que podem ser cotados para a disputa de
2018 e justifica 'aparição' pelo seu currículo; Wagner negou disputa pela
coordenação da campanha de Dilma em 2014 com o ministro Aloizio Mercadante
(Educação) e surpreendeu ao dizer que tem "em mãos" pesquisa feita na
Bahia que aponta a presidente em primeiro lugar nas intenções de voto e Eduardo
Campos (PSB) em último; ainda de acordo com a tal pesquisa, Marina Silva é a
segunda colocada e o senador Aécio Neves (PSDB) aparece em seguida.
Depois de ter seu nome especulado para voltar a ser
ministro de Estado se a presidente Dilma Rousseff for reeleita em 2014, o
governador Jaques Wagner (PT) admitiu hoje pela primeira vez em público a
possibilidade de ser o candidato do PT à presidência da República em 2018.
Embora com cautela, o comandante do Executivo baiano afirmou que seu nome está
entre os possíveis cogitados dentro do PT.
"É evidente que qualquer um que está na vida
pública como eu estou, com mais de 30 anos de liderança estudantil e sindical,
deputado federal, ministro do ex-presidente Lula e duas vezes governador... É
óbvio que em 2018, dentro do PT e do grupo político, que qualquer um teria o
maior orgulho de ser o presidente do Brasil. É claro, que se você falar de três
ou quatro nomes dentro do PT, o meu nome aparece. Mas ainda é muito cedo para
falar sobre isso".
Em entrevista à rádio Tudo FM, Wagner negou a
suposta disputa com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, pela
coordenação da campanha de reeleição da presidente no ano que vem.
"É intriga. Isso aí é fofoca. Eu sou
governador de Estado e vou ajudar a presidenta Dilma. Eu não fui convocado para
ser coordenador. O Mercadante já disse que não quer ser (candidato) governador
do Estado [de São Paulo] e hoje ele está cumprindo esse papel de ajudar ela na
articulação. Mas eu não tenho ciúme, não. Se ela me convocar, a depender de
como eu possa me afastar do governo, eu vou para lá ajudar porque eu acho
importante continuar o trabalho dela a partir de 2014. Mas eu não quero ser o
coordenador".
Wagner disse ainda que está de posse de pesquisas
de intenção de voto que apontam Dilma com ampla vantagem nas intenções de voto
sobre os possíveis concorrentes e que o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos (PSB), é o último colocado.
"Dilma está muito bem. Eu estou com uma
pesquisa recente aqui na Bahia e ela está na faixa de 58% a 60% da intenção de
voto. Depois vem a Marina com 11%, 12%, e o Aécio com 7%. Eduardo é o mais
embaixo. Mas se ele quiser ser candidato é um direito dele, vá ser
candidato". (247)
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