Há
exatos 100 dias no comando da Prefeitura de Formosa do Rio Preto, o Prefeito
Jabes Júnior enfrenta grave crise política e administrativa. Nesses poucos mais
de três meses, enfrenta a seriedade e independência da presidência da câmara e
seis vereadores, incêndios (e não foram poucos) em diversas áreas de
responsabilidade da administração pública, como saúde, educação, infraestrutura,
na questão da destinação do lixo e meio ambiente, por exemplo.
Sindicatos
se mobilizam e cobram o cumprimento de direitos básicos dos servidores, respeito,
moralidade e melhores condições de trabalho, queixando-se de abandono e falta
de atenção, o clima não é dos melhores para Jabes Júnior. A cada dia surgem
novas informações sobre o tamanho da herança maldita deixada pelo ex-prefeito Neo
que pretende disputar uma vaga na assembleia legislativa no próximo pleito. O
ex-prefeito deixou o município em frangalhos para o prefeito Jabes Júnior, que
além de ser inexperiente administrativamente, tem enfrentado muitas dificuldades
na condução da urbe.
É
comum nas andanças pelo município ouvir lamentos sobre a precária condição das
estradas, transporte escolar insatisfatório e insuficiente, irregularidade na
distribuição da merenda escolar, falta de políticas públicas para a juventude, obras
inacabadas e abandonadas, recursos financeiros que retornam por falta de
projetos ou cumprimento de prazos, etc...
Enquanto
isso, as receitas municipais aumentam na mesma proporção em que aumentam sua
rejeição. O atual prefeito tem se esforçado para trazer benefícios para a população, confiando no acúmulo da função de vice-presidente da UMOB (União dos
Municípios do Oeste da Bahia) apelando de pires na mão e pedindo verbas aos
governos Estadual e Federal.
O
prefeito vive a apagar incêndios! Fontes fidedignas confidenciam que o próprio
prefeito já admitiu que a “surpresa é quando não acontecem surpresas na
prefeitura” e que o principal desafio é apagar incêndios sem perder de
perspectiva “as políticas de longo prazo”.
Entre
populares, políticos e lideranças consultadas sobre o início do mandato JJ, há
unanimidade em dizer que 100 dias é pouco para ter uma avaliação mais concreta.
Acredita-se que “ainda não está claro o modelo gerencial” pregado pelo prefeito
em campanha.
Qualquer
analista político (por mais singelo que seja) compreende que esses primeiros
meses são usados para “reconhecimento dos trâmites da administração”, o que
dificulta uma análise de longo prazo. Ainda não foi possível “ver a cara desse
governo”, porém não podemos acreditar que a gestão JJ apresente grandes transformações
ao longo do mandato. O governo eleito na campanha de 2012, prometeu chegar ao
poder para estabelecer um pacto social com a cidade e as camadas mais populares
do ponto de vista da lisura dos processos, da eficiência das ações, mas que na
prática não as está executando. Situação crítica e penosa, pois fica até
difícil manter o que já existe na cidade, pois funcionários públicos, entidades
da sociedade civil organizada e população em sua maioria, denunciam que nada funciona
a contento por aqui. A Prefeitura de Formosa do Rio Preto está atolada num
lamaçal há quase uma década. É preciso que o alcaide se apresente e diga a que
veio.
Jabes
Júnior não foi encontrado para entrevista do Oeste Global para exposição de
seus 100 dias de governo.
Luís Carlos Nunes
Editor
do Blog Oeste Global
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