A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos
Deputados aprovou nesta quarta-feira (14/ago) convite para que os acusados de
operar um suposto esquema de pagamento de propina em contratos da Petrobras
envolvendo o PMDB com verbas que teriam sido usadas até na campanha
presidencial da então candidata Dilma Rousseff em 2010 se expliquem. Denúncia
foi feita por Época no final de semana.
Requerimento foi apresentado pelo vice-líder do
PMDB na Câmara, deputado Lúcio Vieira Lima, e aprovado por unanimidade pelos
membros da comissão. Serão ouvidos em audiência pública o lobista e ex-diretor
da BR Distribuidora Jorge Augusto Henrique (acusado de ser o líder do esquema)
e o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada.
"A Comissão agora vai enviar o convite aos
dois. Vou procurar saber amanhã (quinta-feira, 15) quando o convite será
enviado e para qual data. A legislação determina convocação apenas para
ministro. Mas se alguém for convidado e não comparecer, já é um indício ruim,
pois sinaliza que é alguém que não quer prestar esclarecimentos", disse
Lúcio.
Para o peemedebista, a decisão do Ministério
Público Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU) de investigar o suposto
esquema coloca os dois acusados contra a parede. "Se você não tem nada a
temer, comparece "à audiência". Mas isso (investigação) já é um
indício ruim".
Lúcio Vieira Lima não falou mais sobre o
posicionamento do presidente da Câmara e seu correligionário Henrique Eduardo
Alves de instalar ontem mais uma CPI totalizando cinco (número máximo permitido
de comissões acontecendo simultaneamente), o que regimentalmente torna quase
impossível a instalação da CPI da Petrobras agora, mas afirmou que existem
deputados "que defendem a votação de um projeto de resolução", que
poderia permitir uma sexta comissão simultânea.
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