Mesmo
que o maior enfrentamento da saúde brasileira seja no tratamento de doenças
crônicas, cardiovasculares e câncer, responsável pela maioria das mortes no
país, o Brasil ainda não venceu a batalha contra as enfermidades do século 19.
Ainda resistem por aqui enfermidades como doença de Chagas, leishmaniose,
malária, esquistossomose, hanseníase, tuberculose e dengue. De acordo com a
pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Tânia Araújo Jorge, essas
doenças infecciosas atingem em cheio a pobreza e são negligenciadas pela
indústria farmacêutica em geral. “Não tem interesse em investimento de pesquisa
para geração de vacina, de medicamentos, porque é um mercado pobre, a atividade
econômica não dá sustentação para um mercado global”, avaliou. Dados do
Ministério da Saúde apontam que, apesar de essas doenças serem responsáveis por
menos de 5% das mortes no país, elas são ainda muito frequentes e reforçam a
desigualdade social e as sequelas que alimentam o círculo da pobreza. “Em
crianças, atrapalham o rendimento escolar, atrapalham o crescimento, e, em
adultos, atrapalham a inserção no mercado de trabalho, de forma que sustenta um
círculo que mantém a pobreza” disse a especialista. Informações da Agência
Brasil.
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