Recepção dos médicos estrangeiros do programa Mais
Médicos
A 1.080 quilômetros de Salvador, a cidade de Cocos
receberá dois dos 63 médicos estrangeiros que vão atuar na Bahia, através do
programa Mais Médicos. Os profissionais que trabalharão no município tiveram o
primeiro contato com o prefeito Alexinaldo Moreira, nesta sexta-feira (30),
durante encontro entre os gestores das cidades contempladas pelo programa e os
médicos estrangeiros. O evento aconteceu na Escola de Formação Técnica em
Saúde, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), local onde os médicos recebem
os conteúdos teóricos.
Um dos profissionais que vão atuar em Cocos é o
médico cubano Emílio Vidal. Ele disse que o principal objetivo da vinda ao
Brasil é ajudar a população. “Sei que o município é distante de Salvador, mas
para mim isso não importa. Vim para atender a todos, de crianças a idosos”.
Dorys Cristina Del Rosário Garay, médica cubana que
vai para a cidade de Mansidão, no oeste baiano, conheceu o secretário municipal
de Saúde, Valdinar Nogueira. “Minhas primeiras perguntas foram sobre quais são
os principais problemas de saúde que atingem a população de Mansidão e também a
faixa etária”.
“Já temos três médicos na atenção básica do
município, mas com o programa conseguiremos expandir a cobertura da saúde da
família”, afirmou o secretário.
“Acredito que, à medida que os médicos forem
chegando aos municípios, as barreiras vão se quebrando, e com certeza haverá
uma grande aceitação da população”, destacou o secretário estadual da Saúde,
Jorge Solla.
Ele informou que esses profissionais vão para as
unidades de saúde que já estão em funcionamento. “Já ultrapassamos mais de mil
novas unidades básicas de saúde construídas e mais de mil reformadas. Então, há
condições de atendimento”.
Capacitação
Desde a última segunda-feira, os 63 profissionais estrangeiros
que atuarão na Bahia pelo Mais Médicos estão passando por aulas de avaliação
sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa. As aulas seguem por mais
duas semanas, totalizando uma carga de 120 horas. Visitas a unidades públicas
de saúde também estão no cronograma de atividades elaborado para os médicos
estrangeiros.
A mexicana Rosa Isela declarou que percebeu, com os
conteúdos que já teve acesso, que a situação da população brasileira tem muitas
semelhanças com a do seu país. “Estou aperfeiçoando meu conhecimento e quero
ajudar a baixar os índices de mortalidade com um trabalho de prevenção”.
A brasileira Manuela Silveira, que se graduou em
medicina no Peru e vai integrar o Mais Médicos em Valença, explicou que já
pensava em voltar ao Brasil. Ela encontrou no programa uma oportunidade de
começar a trabalhar diretamente com a população. “Nas aulas, vejo que os
sistemas de saúde do Brasil e do Peru se preocupam em levar a atenção básica a
todos”. (Secom/Ba)
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