Potencial
candidato do PMDB ao governo baiano, o ex-ministro Geddel Vieira Lima adotou
uma tática inusitada para atacar a gestão do petista Jaques Wagner: enaltecer
os feitos de potenciais adversários da presidente Dilma Rousseff, de quem é
aliado e, a rigor, subordinado. O peemedebista é vice-presidente de Pessoa
Jurídica da Caixa Econômica Federal. Nas quatro versões da propaganda do PMDB
veiculadas em TVs e rádios do Estado, Geddel compara dados do governo baiano
com os de outras gestões, como a de Pernambuco - de Eduardo Campos, provável
candidato ao Planalto pelo PSB - e a de Minas, que foi governado pelo senador
Aécio Neves (PSDB) e segue sob comando tucano com Antônio Anastasia. As peças
não mencionam os potenciais adversários de Dilma, mas as imagens, esmaecidas e
sem fundo musical ao retratar cenários de insegurança e desigualdade social na
Bahia, ficam coloridas e ganham trilha sonora ao citar exemplos dos Estados. As
inserções de 30 segundos, que têm como temas segurança pública, educação, saúde
e desenvolvimento econômico, terminam com Geddel falando: "Um trabalho
competente faz toda a diferença no seu dia a dia. Pense nisso". Geddel diz
que não quis elogiar os adversários de Dilma, e sim "mostrar a triste
situação da Bahia" e "apontar exemplos de sucesso". O PT não
gostou. "Na linha auxiliar da oposição demo-tucana na Bahia, Geddel
combate o governo de Jaques Wagner, mas omite a atuação do PMDB em grandes
Estados, como o Rio", disse o presidente do PT baiano, Jonas Paulo. (Agência
Estado)
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