Representantes
de cerca de 126 mil maçons espalhados pelo Brasil pregaram a necessidade de
mudanças profundas na estrutura política do país. Os 27 grão-mestres das
Grandes Lojas Maçônicas do país, que representam 2.765 unidades, participaram
em julho último, em Campo Grande (MS), da Confederação da Maçonaria Simbólica
do Brasil (CMSB), onde foi aprovada uma resolução considerada revolucionária,
do ponto de vista político. Os membros trataram de temas diversos da
organização social brasileira, como o voto distrital, o fim do foro
privilegiado e revisão do Pacto Federativo. As considerações iniciais do
“Posicionamento da Maçonaria Perante o Povo Brasileiro” fazem referência direta
à atenção que os maçons tiveram para com as manifestações de rua que tomaram
conta do país em junho deste ano, campanhas populares que, para o grupo, são
parte da pregação que a maçonaria tem feito nos últimos anos como “Ética na
Política”, “Moralidade no Trato da Coisa Pública” e “Contra a Corrupção e a
Impunidade”. “Trata-se de um documento discutido à exaustão, ouvidas as
considerações de forma democrática e respeitando a liberdade de expressão de
todos e visando a produção de um documento que represente nossos anseios pela
construção de uma nação mais justa e fraterna. Coisas que todos os homens e
mulheres de bem almejam para si e suas famílias”, explicou o grão-mestre da
Grande Loja de Goiás, Ruy Rocha de Macedo. “É preciso dar um basta em tanta
desonra e fortalecer os melhores valores que vemos na bela juventude
brasileira, que representa com tanto vigor nossa sociedade", cobrou o
médico Syd de Oliveira Reis.
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