segunda-feira, 17 de junho de 2013

Chefe da PM tucana tenta politizar protestos

Comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Benedito Roberto Meira, sugeriu aos líderes do Movimento Passe Livre que incluam na pauta de reivindicações a prisão dos condenados na Ação Penal 470, o chamado "mensalão"; pelo Twitter, o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, protestou; "é um manipulador"; no fim desta tarde, São Paulo deve parar mais uma vez; motivação do protesto é o reajuste dos ônibus
Na semana passada, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin denunciou uma suposta infiltração política no movimento que paralisou a cidade de São Paulo – e que foi duramente reprimido pela Polícia Militar do Estado.


Nesta segunda, no entanto, foi o chefe da PM paulista, Benedito Roberto Meira, quem tentou politizar a ação dos manifestantes. Ao receber integrantes do Movimento Passe Livre, que luta contra o reajuste de vinte centavos nas passagens de ônibus, Meira sugeriu que os estudantes incluíssem na pauta de reivindicações a prisão dos condenados na Ação Penal 470, o chamado "mensalão".

A revelação foi feita pelo portal iG, que ouviu a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Segundo o órgão, Meira falou: "Eu não estou aqui para discutir o mérito da manifestação. Gostaria que vocês fizessem outras manifestações como, por exemplo, contra a impunidade e pela prisão dos mensaleiros". De acordo com a SSP, foi um posicionamento de cidadão – e não uma posição oficial do governo paulista.

No Twitter, o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, ligado ao PT, reagiu com indignação. "É um manipulador", disse ele. "Comandante da violenta PM de Alckmin sugere incluir o "mensalão" na manifestação do Passe Livre. Um manipulador!", postou Greenhalgh, no primero tweet. "Comandante da violenta PM do governo tucano de SP quer repetir farsa da camiseta do PT no cativeiro de Abílio Diniz", concluiu.

Nesta segunda-feira, ocorrem protestos em diversas cidades do País. Uma delas, em São Paulo, segue do bairro de Pinheiros em direção à Avenida Paulista. A Polícia Militar, repreendida pelo governo estadual e pela opinião pública, promete não usar da violência. 

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