A
presidenta Dilma Rousseff parece ter levado à risca seu discurso da última
sexta-feira de que iria ouvir os apelos da população e das classes políticas. Veja a seguir a ações que estão sendo empreendidas para a instalação de assembleia constituinte para reforma política.
Dilma
consultou ex-presidente FHC sobre plebiscito
Segundo Vera
Magalhães, da Folha, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo foi à casa do
ex-presidente do PSDB e ex-presidente da república para propor uma reforma política ampla, pactuada com a
oposição. FHC disse ser favorável, mas discordou de plebiscito: "As
declarações da presidente são inespecíficas e arriscadas. A proposta é mais
própria de regimes autoritários".
Serra:
proposta de plebiscito é "absurda"
Em entrevista ao
programa "Roda Viva", da TV Cultura nessa segunda-feira (24/mai), o
ex-governador José Serra (PSDB-SP) classificou como "absurda" a
proposta da presidente Dilma Rousseff de fazer um plebiscito para convocar uma
Constituinte exclusiva para realizar a reforma política. "Achei um
absurdo. A presidente se sente acuada, então atira para todos os lados",
disse o tucano.
Dilma
reúne STF, Senado e OAB para discutir plebiscito
(da Agência
Brasil editada por oeste Global)
Presidente
marcou conversas ao longo do dia de ontem (24/mai)com os presidentes da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coelho, do Supremo Tribunal Federal
(STF), Joaquim Barbosa, e do Senado, Renan Calheiros (PMDB), sobre a proposta
de instalação de uma Constituinte exclusiva para discutir a reforma política.
Pelo
segundo dia consecutivo, a presidenta Dilma Rousseff tem uma série de reuniões
hoje (25/mai) com o objetivo de discutir soluções para encerrar a onda de
manifestações no país. Dilma marcou conversas ao longo do dia com os
presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado
Coelho, do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e do Senado, Renan
Calheiros (PMDB). Em debate, a proposta de convocação de um plebiscito para
instalar uma Assembleia Constituinte exclusiva para discutir a reforma
política.
A
presidenta também tem reuniões marcadas com representantes de movimentos
urbanos, no Palácio do Planalto. Paralelamente, várias manifestações estão
programadas em todo o país. Nas redes sociais, os líderes dos movimentos
organizam assembleias para a definição de mais protestos. Na Universidade de
Brasília (UnB) há reunião hoje à tarde.
Em
Cristalina (GO), moradores da comunidade Marajó prometem fechar os principais
trechos da BR-251, uma das vias de acesso ao Distrito Federal (DF). Os
moradores protestam por melhores condições de saúde, educação e segurança. Eles
também pedem a emancipação da região.
No
Rio de Janeiro, um grupo de manifestantes mantém o acampamento perto da
residência oficial do governador Sérgio Cabral. Segundo ele, só
deixarão o local depois de recebidos por Cabral. O grupo reivindica maior
transparência nas contas públicas. Em São Paulo há três atos de protesto na
capital – na zona sul, no Largo do Campo Limpo e no metrô Capão Redondo, assim
como na zona leste.
Ontem
(24/mai), durante a reunião com 27 governadores e 26 prefeitos, Dilma detalhou sua
proposta para a convocação de um plebiscito que autorize uma Constituinte para
fazer a reforma política. "O Brasil está maduro para avançar e já deixou
claro que não quer ficar parado", disse a presidenta.
"Junto com a
população, podemos resolver grandes problemas. Não há por que ficarmos inertes,
acomodados ou divididos", acrescentou ela, informando que "o país
deixou de ser governado para um terço da população". O governo vai
disponibilizar mais R$ 50 bilhões para investimentos em obras de mobilidade
urbana e a criação de um Conselho Nacional de Transporte Público, com a
participação da sociedade e que deverá ter versões municipais.
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