A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
aponta que a dispersão da lagarta Helicoverpa armigera tem acontecido á noite,
por força de correntes de ventos. A informação é do supervisor do setor de
implementação e programação da transferência de tecnologia da Embrapa, Sérgio
Abud.
Falando em entrevista ao programa Olho Vivo, da
Rádio São Luiz (de São Luiz Gonzaga/RS), ele destaca que o problema teve início
no oeste baiano, mas que já se estende por todo o país. “O que nós temos
observado é que a dispersão dessa praga ocorre mais pelo final da tarde e à
noite. Aparentemente, por corrente de ventos. Ainda não temos estudos
comprovando isso, mas é o que temos observado”, disse ele.
“O controle químico deve ser apenas uma ferramenta,
não a única. Temos que pensar no manejo integrado. Nessas pragas de altíssimo
impacto, quanto maior a pressão de erradicação feita, maior a capacidade que
ela tem de desenvolver um mecanismo de resistência”, adverte Abud.
O especialista explica que “o ideal é fazer o
manejo integrado de pragas. Consiste não só no controle químico – que é a
última ferramenta –, mas também no controle biológico, no planejamento do
agroecosistema da região como um todo, o uso de tecnologia transgênica, o uso
de insetos que são predadores dessas lagartas, de vírus, fungos e bactérias”.
Sérgio Abud conclui explicando que “a
Helicoverpa armigera tem um ciclo médio de 35 dias. Tem um período de ovo de 2,
3, 4 dias no máximo. Depois tem um período de larva – que é quando realmente
causa o dano – de 18 dias. Depois ela faz sua metamorfose e se reproduz. E pode
durar por todo o ano, caso tenha oferta de alimento”. (Agrolink)
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