Segundo uma pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada ontem (08/JUL) pela
Transparência Internacional, cerca de 81% dos brasileiros consideram os
partidos “corruptos ou muito corruptos”. Pela proporção, quatro de cada cinco
pessoas não confiam na base da representação política no País.
O levantamento foi concluído em março, ou seja, cerca de três meses
antes da série de manifestações de rua que tomaram o País. Na média dos 107 países que participaram do estudo, algo em torno de
65% dizem que os partidos são “corruptos ou muito corruptos”. A mesma pesquisa feita em 2010 mostra que, no Brasil, a situação se
agravou: três anos atrás, o índice de descontentamento sobre o tema era de 74%.
O Congresso é a segunda instituição mais desacreditada. Cerca de 72% da
população o classificam como “corrupto ou muito corrupto”. Na média mundial foram
114 mil entrevistas, o índice é de 57%. Numa escala de 1 a 5, onde cinco é o grau máximo de corrupção, o setor
público brasileiro atingiu nota 4,6. A taxa é mais elevada que no resto da
América Latina. Cerca de 70% dos entrevistados no Brasil acreditam que a corrupção no
setor público é “muito séria”, contra uma média mundial de apenas 50%.
Em torno de 77% dos brasileiros admitem que ter
“contatos” na máquina publica é “importante” para garantir um atendimento. A
percepção em relação ao setor privado se inverte. No Brasil, apenas 35% das
pessoas acham que as empresas são “corruptas ou muito corruptas”. Fora do País,
a média é superior: 45%.
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