Apesar de não ser candidato ao Palácio do Planalto,
o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) tem apreciado os números do
Datafolha, que depois de colocá-lo como o nome preferido entre os manifestantes
que tomaram as ruas do País nas últimas semanas, agora deu 13% das intenções de
voto ao ministro.
"Estou lisonjeado", disse Joaquim
Barbosa, ao comentar os números nesta segunda-feira 1º. "Eu me sinto
extremamente lisonjeado, apesar de não ser político e jamais ter participado de
campanha política. É excelente para a minha vida pessoal, para o meu
histórico", disse ele. "Não tenho a menor vontade de me lançar
candidato a presidente da República", completou.
Segundo a pesquisa, divulgada no fim de semana, Barbosa
tem 13% dos votos num cenário em que concorre com o ex-presidente Lula, e 15%
contra a presidente Dilma Rousseff. Na primeira hipótese, ele está à frente do
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e do senador mineiro Aécio
Neves, provável candidato à presidência pelo PSDB. Na segunda, ganha de Campos
e empata com Aécio.
Em artigo publicado no Globo no domingo 23, o
colunista Elio Gaspari fez o que até agora só se especula: lançou
definitivamente Barbosa à presidência. O jornalista fez um exercício de
futurologia que estimula o presidente da corte suprema a trocar a toga pela
política e a seguir a voz das ruas. Leia mais em Gaspari lança de vez Barbosa à
presidência.
Esse "não tenho a menor vontade" não é
o mesmo que dizer "não sou, nunca serei". O ministro está deixando as
portas e todas as janelas abertas para ser candidato avulso, caso essa figura
seja adotada na reforma política prometida para acontecer via plebiscito. O
próprio Barbosa, na semana passada, foi a Dilma pedir a inclusão desse item na
proposta presidencial para o plebiscito. "Fui mostrar a minha
posição", contou Joaquim.
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